
São Paulo, 07/03/2006
Hoje, em sala de aula, exercitei escutar. A utilização de objetos do cotidiano para obtenção de sons, chama-se “Foley”, não sei dizer se a grafia é esta, mas vou me informar.
As surpresas são enormes; arroz ou feijão em uma panela, resulta em chuva fina. Chapas de raios-X ou jogos americanos chacoalhados fazem trovões. Uma caixa com pedaços de madeira ao trepidar formam uma tempestade. Muitos e muitos outros sons inusitados estão ao alcance das mãos e da nossa criatividade.
O curioso e mais interessante porém, é o fato de que quando executamos a ação e portanto utilizamos todos os sentidos, não conseguimos perceber o resultado do conjunto dos sons produzidos. Mas fechando os olhos e concentrando toda a atenção na audição do material gravado, os sons do pregador, do arroz, da fita, ganham vida e o resultado é realmente surpreendente.
Este era o mecanismo utilizado nas rádios-novela da metade do século passado, todas elaboradas em estúdio, apenas com o recurso dos sons. Ainda hoje esta técnica é utilizada em cinema.Áudios fabricados em estúdio são acrescidos às cenas. A BBC de Londres possui um departamento especificamente voltado para pesquisar e desenvolver novos sons.
Descobri um brinquedo novo para a Ana Lua.
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