25 setembro, 2006

Papai me dá uma bola?




São Paulo, 22 de Junho de 2006.

A seleção de Costa do Marfim foi roubada na partida contra a Holanda. A seleção de Gana foi roubada pelo brasileiro Carlos Eugênio Simon, no jogo frente à Itália. A seleção de Togo foi assaltada frente à Suíça. Nas três partidas, salvo engano, bandidos sul-americanos estavam no apito.

Por onde começar a crítica? Pelo racismo? Ou me chamarão de racista por elencar seleções de países de maioria negra e assim não tratá-los como qualquer seleção. Uma Copa do Mundo realizada na Europa prevê o resgate do futebol daquele continente?

Na Copa passada, Itália e Espanha sucumbiram frente à vendida arbitragem em suas derrotas para a anfitriã, Coréia do Sul. Engraçado, toda indignação de nossa mídia esportiva, crítica verborrágica dos escândalos em nosso futebol, tratou a questão de forma muito tímida, me lembro. Na Copa passada, fomos muito favorecidos pelos árbitros em jogos conta a Turquia e a Bélgica, por exemplo. Talvez isto amanse os aduladores da CBF, aduladora da FIFA!

O futebol que conheci ainda garoto, pelo qual me apaixonei, está falecendo, não, ele já morreu. Não existe mais a brincadeira, não se joga mais bola. Existe apenas um produto comercial que tem público alvo definido; cidadãos que possuam dinheiro para comprar TVs de plasma, planos de TV a cabo, pacotes de viagens para o exterior, despendam fortunas por um ingresso.
O futebol que amei, morreu, no seu lugar duas vertentes, esta, descrita acima e outra mais cruel. Homens-focas, saídos das favelas de países periféricos, que sorriem como idiotas e vendem tênis, camisas, bolas, refrigerantes, desodorantes, sandálias, telefones celulares, cervejas em troca de fortunas, seduzindo seu público alvo.

Recolho-me, não vou andar na contramão, mas tenho todo o direito e não me encham o saco, de torcer pela Argentina.

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