São Paulo, 27/07/06
A tensão aumentou no Oriente Médio nas últimas duas semanas, mas a notícia foi ofuscada pelo circo televisivo de Suzane.
Em uma ação rápida, dizem, o Hezbolah matou oito soldados israelenses e aprisionou dois. Com a intenção de trocá-los por palestinos presos, muitos deles sem previsão de julgamento ou condenação.
A resposta de Israel foi dar início a um bombardeio às cidades localizadas ao sul do Líbano, inclusive a capital, Beirute.
O que causa indignação é o fato de todos saberem que as ligações do Hezbolah são com a Síria, país vizinho, e que o povo libanês não quer a guerra. Como poderia querer? Seu exercito é menor do que o contingente da polícia militar do estado de São Paulo!
Israel destruiu o aeroporto de Beirute, viadutos e pontes, centrais de abastecimento e ataca postos fronteiriços, onde pessoas em desespero procuram fugir do país.
A população civil enterra seus mortos, mais de 500, em meio a bombardeios. Embora pobre e apavorada, dá mostras de civilidade; não houve sequer um registro de saque pelas cidades.
Enquanto isso os EUA aproveitam sua condição de soberanos do planeta para continuar municiando a maior potência militar do oriente, criando condições para tomar posse, via Israel, da última fronteira que lhe falta para cercar a Síria por todos os lados.
Alguns líderes europeus sem sucesso e sem muita vontade, pedem intervenção da ONU.
Nossa sociedade acostumada a arrotar o que lhe é imposto, via TV, goela abaixo, deveria prestar mais atenção no que se apresenta. Desde o dia 11 de setembro de 2001, quando pouco mais de 3000 ocidentais, norte-americanos, morreram no atentado às torres gêmeas, os Estados Unidos atacaram impiedosamente o Afeganistão e o Iraque, destruindo famílias, vilas, cidades, nações, vidas. Construíram a desordem em países que a eles odeiam. Hoje inadministráveis, como bem já perceberam. Torturando, matando. Isto até os mentecaptos telespectadores brasileiros já perceberam. Criaram campos de concentração e expropriaram o petróleo alheio.
O tentáculo Norte-americano, pretensamente oculto, escondido ou não, atrás da estrela de Davi, dá mais um passo na sua brincadeira imperialista. Desafiando o mundo a duvidar de que os ataques promovidos por Israel não sejam atos terroristas. Terrorismo de Estado? Não!
Trata-se de homicídio.
Que me desculpem os judeus de boa vontade, a história está registrando, aos moldes do que fez 60 anos atrás, mais uma vez, horrendos e abomináveis crimes de guerra.
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